Toda criança nasce cientista, experimentando e aprendendo, testando hipóteses. Gosta de explorar cada mínimo detalhe de seu ambiente. Essa é uma característica presente na infância. Depois que crescem, alguns indivíduos perdem o interesse e a curiosidade aguçada. Algumas vezes, de tal modo, acabam desestimulando as crianças à sua volta, não dando atenção ou criticando sua curiosidade.
Devemos ter atenção às perguntas, aos olhares e, quando a curiosidade surgir, explorar esse interesse para apresentar um mundo que acolhe, mostrando para criança que ela é respeitada e que seus questionamentos também são importantes.
O cientista social é o profissional que estuda o desenvolvimento e a organização das sociedades. Estuda sobre origens e culturas. Seu objeto de estudo é gente, sociedades, formas de organização. Analisa movimentos, conflitos sociais e a construção de identidades. Através de suas pesquisas e do conhecimento que podemos obter através delas, os cientistas sociais nos dão pistas do que está acontecendo.
Mamie Phipps foi a primeira mulher negra afro-americana a obter doutorado em psicologia experimental. Se tratando de investigação, como não nos contaram a verdadeira história quanto ao nosso povo e sobre milênios de pionerismo intelectual, devemos, sempre que possível, investigar e falar sobre nós, por nós. (Leirura Sugerida)
SEGUNDA-FEIRA - 26 DE OUTUBRO
PARA COMEÇAR A SEMANA
VAMOS ESTIMULAR NOSSOS PEQUENOS CIENTISTAS!
EM HOMENAGEM A PHIPPS CLARK, QUE ERA CIENTISTA, VAMOS TER UMA SEMANA DEDICADA AS CIÊNCIAS! VAMOS INVESTIGAR E PERCEBER AS REAÇÕES!
PROPOSTA PEDAGÓGICA 1: CADÊ O GELO? DE ONDE VEIO ESSA ÁGUA?
Para essa atividade, vocês podem pegar alguns cubos de gelo e colocar em bacias. É importante que possam ver, sentir, tocar e até colocar na boca (atenção ao tamanho e ao tempo em contato com o gelo). O processo investigativo envolve questionamentos como: tá quente ou tá frio? É duro ou mole? Tem gosto de quê? Você sabe de onde vem? O que você sente quando toca no gelo? Mas deixe que a criança faça seus questionamentos. No caso das crianças que ainda não se comunicam oralmente, as expressões são formas de comunicação.
Depois observem juntos. Está acontecendo alguma coisa com o gelo? Ele está diminuindo?
Depois de um tempo, olha só o que aconteceu com o gelo! O que será que aconteceu?
Para as crianças que não se comunicam oralmente ainda, é o adulto que instiga a curiosidade com indagações que ele mesmo vai respondendo, enquanto a atividade acontece. Será que o gelo ficou assim por conta do calor? Acho que sim, na geladeira ela fica no frio e consegue ficar duro e geladinho!
Se acrescentar tinta (ou corante), enquanto derrete o gelo vai criando desenhos. Se forem duas cores, a medida que derrete (o azul e o amarelo, por exemplo) podem apresentar uma outra cor. Olha que legal!
Brincar e experimentar são sempre boas oportunidades para aprender!
PROPOSTA PEDAGÓGICA 2:
(GRUPOS 3, 4 E 5)
FALANDO NISSO...
Vamos produzir areia Movediça: você pode fazê-la dentro de um pote ou dentro de uma bacia. Quando colocamos os dedos (ou algum objeto) devagar no líquido, ele afunda até a base do pote. Mas, se bater os dedos bem rápido na superfície, ela fica dura, como se fosse um chão. Esse experimento simples instiga muitas perguntas nas crianças, além de proporcionar uma experiência sensorial diferente.
Ingredientes: Amido de Milho, água, corante (opcional). Modo de fazer: O experimento pode ser feito em diferentes escalas, de um balde até um copo, recomenda-se manter a proporção de 2 copos de água para 1 de Amido de Milho. Se quiser adicione algumas gotas de corante para deixar o líquido colorido, proporcionando ainda mais diversão.
Por meio da brincadeira, convide a criança a pesquisar e observar detalhes em folhas de plantas, insetos como formigas, alimentos como grãos de feijão, sementes de frutos e outros, sinalizando cores, formas, tamanhos e principalmente dando-lhe a chance de investigar e fazer seus questionamentos. Crianças que não se comunicam oralmente, por exemplo, questionam elementos naturais enquanto amassam, cheiram, enquanto verifica se consegue encaixar em algum espaço.
"A desintegração, a separação com a Natureza constituiu para o africano o obstáculo do desenvolvimento integral do munthu, Ser Humano."
O estudo de Mamie Phipps foi muito influente e trouxe luz para os efeitos da segregação racial sobre as crianças em idade escolar.
Para enxergarmos, além dos olhos, precisamos de luz. Chamamos de visão o sentido que nos dá a capacidade de enxergar.
"A visão é o principal sentido usado por nós, essa é uma das razões da óptica, o estudo da luz, ser uma ciência muito antiga.
PROPOSTA PEDAGÓGICA 1: LUZ E SOMBRAS
BRINCADEIRAS COM LANTERNA OU COM A LUZ DE VELAS.
Com atenção e cuidado, a ideia da proposta de hoje é explorar diferentes possibilidades de gestos e movimentos do corpo, brincando com a luz e as sombras.
Vamos utilizar a luz como instrumento de investigação e descobertas.
Prepare o ambiente com as luzes apagadas e "cortinas" ou tecidos que possam servir de cortina e criar uma espécie de cabana. Fora das cabanas, deixe lanternas apagadas, Coloque lanternas dentro, uma acesa e outra apagada. Com brinquedo já conhecidos pela criança, para que possa pegar quando necessário.
Vocês podem começar a atividade com os adultos, buscando que identifiquem através das sobras o que está sendo mostrado. Depois, expandir para criação de animais usando formas com as mãos. Após um tempo observando, convide a criança para entrar na cabana e tentar criar sombras para que o adulto descubra. Ou, junto com ela, tente articular os dedos de modo a criar uma forma.
Explorar e observar que seus movimentos frente a luz geram movimento também na sombra e pode ser bem divertido. E, ainda que não sendo explorado com as lanternas ou um ambiente feito em casa, havendo possibilidade de estar ao sol e observar e explorar os movimentos do próprio corpo.
VÍDEO TEATRO DE SOMBRA - MÚSICA AQUARELA - > CLICK AQUI <-
(GRUPOS 3, 4 E 5)
Desde muito pequenas, as crianças se encantam com a luz e prestam muita atenção às sombras e seus movimentos. A sombra é uma oportunidade para se conhecer e conhecer o espaço através da imagem projetada, que por vezes é privada de informações figurativas. Também é uma forma de conhecer o outro, de maneiras diversas, sombra maior, menor, desfocada, inclinada, entre outras perspectivas.
Brincar com as lanternas pelos espaços da casa (mostrar espaços, objetos, as crianças).
Fazer demonstrações variadas com as lanternas, possibilitando às crianças, reproduzir e pensar em outras possibilidades, experimentando e mexendo sozinhas. Uma outra opção é utilizar papel celofane ou, outros plásticos coloridos em frente a lanterna e deixar uma caixa com fundo branco para que as crianças apontem coloridos em frente a lanterna.
Organizar um espaço com um cenário feito de lençol, com o auxílio de um abajur, ou lanterna e luzes apagadas, utilizando brinquedos e a criança... Vamos descobrir qual o animal? Qual a letra inicia o nome do animal que você descobriu?
Outra opção, recortar as letras do alfabeto e reproduzir as imagens por meio das sombras com lua e tecido transparente, para que a criança diga o nome da letra.
"A relação de causa e efeito é de vital importância para o desenvolvimento cognitivo da criança. As sensações, a percepção, a memória, a atenção e a concentração são processo que ajudam na elaboração desse tipo de relação."
É uma forma de ajudar a criança no entendimento do por que e como as coisas acontecem ao seu redor. Por exemplo, ao jogar um objeto no chão e vê-lo quebrar, a criança acaba assimilando que algo fez com que esse objeto quebrasse. Oferecer exercício que explorem essa relação contribui com o seu processo de desenvolvimento.
Uma atividade como permitir que a criança mesma sirva a própria bebida e perceba que a quantidade exagerada acaba fazendo com que a bebida transborde, por exemplo,= gera um conhecimento muito importante. Isso precisa ser estimulado!
Explorar relações de causa e efeito envolve: transbordar, tingir, misturar, mover e remover etc. Quais outras atividades, dentro da rotina da família, podem ser feitas em casa que contribuam para esse conhecimento?
PROPOSTA PEDAGÓGICA 1: EXPERIÊNCIA
Essa experiência faz muita sujeira, então, precisa de um espaço.
Os ingredientes são: vinagre, sabão, algum corante, bicarbonato e água.
Ah! E os recipientes.
Vamos criar uma erupção colorida!
Observar como alguns elementos, quando combinados, geram um efeito bem incrível.
Primeiro você coloca o vinagre e em seguida coloca o corante, para deixar colorido.
Deixe a criança mexer e observar como corante tinge o vinagre.
Depois, acrescente o sabão (não precisa ser muito, a medida de um dedo do copo já é suficiente) e novamente mexe.
A "magia" acontece ao acrescentar o bicarbonato, o líquido começa a espumar e crescer.
Ao mexer vira uma verdadeira erupção!
PROPOSTA PEDAGÓGICA 2:
Iniciar um diálogo com a criança: você sabe o que é um vulcão? Vamos pesquisar, buscar imagens em jornais, revistas, livros ou internet, com a criança, instigando a curiosidade e possibilitando a exploração dos veículos de comunicação.
O Ol Doinyo Lengai é um estratovulcão localizado no leste do Vale do Riff no nordente da Tanzânia, África.
Após, solicite um desenho de como a criança imagina um vulcão.
Construir maquete de vulcão utilizando materiais como caixas, palitos de picolé, rolo de papel higiênico, cola, jornal, tinta guache, fita adesiva, papel colorido, ou outros que tenham disponível.
Como fazer:
Utilizar rolo de papel higiênico ou fazer um cilindro de papelão com diâmetro de um copo descartável. Afixar um copo descartável em uma das extremidades do cilindro com fita adesiva, após o mesmo será a boca do vulcão. Fixar o cilindro no isopor, papelão ou outro material resistente, no espaço destinado ao vulcão. Fazer bolas de jornal e colar ao redor do cilindro moldando para dá forma ao vulcão. Cobrir a montanha de jornal com tinta guache na cor marrom simbolizando argila, deixando uma abertura por onde irá "sair a lava". Para provocar "a explosão de um vulcão", colocar no copo descartável que está na boca do vulcão os seguintes materiais: meio copo de vinagre, tinta guache vermelha e amarela, água oxigenada, por último duas colheres de sopa cheia de fermento de pão. Questione a criança sobre o que mais gostou, o que mais lhe chamou atenção.
"Corporeidade ou Mente Corpórea é um termo da filosofia para designar a maneira pela qual o cérebro reconhece e utiliza o corpo como instrumento relacional com o mundo. Corporeidade é supostamente animada pela alma humana que lhe daria transcendência pelo nosso corpo."
É comum, em vários momentos da rotina da criança, vê-las mexendo em objetos e materiais de uso cotidiano de forma que façam "barulho", como por exemplo, batendo a colher no prato, chacoalhando brinquedos, empurrando cadeira etc. Explorando formas diversas de produzir som, ainda que de maneira espontânea.
Tenha um diálogo com a criança e solicite que perceba os sons ou objetos presentes em casa, que produzam sons, após, convide-as a perceberem os sons que permeiam outros espaços (pátio, parque...) Chame a atenção para sons que a criança talvez não identifique, tais como, de pessoas andando, o canto de pássaros ou outros animais, o barulho de veículos, a chuva. Explicando que a nossa vida está repleta de sons, o nosso próprio corpo produz muitos sons.
PROPOSTA PEDAGÓGICA: CORPO SOM E MOVIMENTO
Convide a criança a explorar movimento com o corpo pode produzir som. Ex: palmas, bater os pés (direito, esquerdo) assobiar, estalar os dedos, movimentar os lábios, imitar o som dos animais.
Canções como: "PALMA PALMA PALMA, PÉ PÉ PÉ, RODA RODA RODA, CARANGUEJO PEIXE É." Coloca a criança em movimento fazendo uma junção com a produção de sons.
O arco-íris, um arco multicolorido, comporto de sete cores que vão do laranja, amarelo, vermelho, azul, anil e violeta, efeito causado pelo fenômeno óptico que, através da refração (dispersão) de luz solar sobre as gotas de água suspensas no ar, forma um espectro de luzes ou cores.
A luz branca do sol é refratada sobre as gotas de água e, assim, dividida nas sete cores que compõem o arco-íris. Dessa forma, o efeito do arco-íris pode ser observado sempre que existem gotas de água no ar e, sobretudo quando a luz do sol incidir acima do observador.
PROPOSTA PEDAGÓGICA :
E por falar em arco-íris...
Já imaginou criar um?
Você vai precisar do copo cheio para que a luz passe através da água e gere um arco-íris no papel branco. Funciona assim: Primeiro segure o copo contra a luz do sol sobre um papel branco. Se o copo estiver na vertical, no primeiro momento não acontece nada. Porém, ao inclinar o copo e começar a girá-lo, você vai encontrar um ângulo certo e... Tcharãn! O arco-íris aparece.
Vamos construir um arco-íris? Utilize giz de cera ou tinta guache com as cores correspondentes, algodão pode ser utilizado pra simbolizar as nuvens. Outra opção, substituindo a pintura e, utilizar papel picado colado, com s cores correspondentes.
Converse com a criança sinalizando as sete cores que o formam. Para as crianças menores, após a construção do arco-íris convide-a contar de forma oral e escrita as cores que formam o arco-íris. Os dedinhos podem auxiliar nesse processo de contagem oral.
Para as crianças maiores, após construir o arco-íris que tal escrever os nomes das cores que o formam? Se construíssemos dois arco-íris, quantos cores teríamos? Converse com a criança, instigue e auxilie nessa descoberta. Após, registrar de forma escrita a quantidade de cores que teríamos se produzissem dois arco-íris.
Para o momento da leitura, gostaríamos de ensinar essa linda canção que cantamos com eles na escola. Que tal cantá-la antes de ler um livro para eles? Vamos aprender!
(click aqui) Letra: Lá na montanha tem uma casinha. Toda enfeitadinha, cheia de florzinha. La na casinha, em cima da montanha, mora uma menina que gosta de histórinha. Quem quiser ouvir o que agora eu vou contar, suba na montanha e fique quieto assim...
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Esperar a vez. Brincar junto. Compartilhar objetos. Admirar o brincar do outro. Ser participativo. Ter liberdade de explorar. Nossos cientistas mirins descobrem muito sobre viver socialmente enquanto convivem em sala. Que saudade de vocês!
RETORNAMOS PARA MAIS UMA SEMANA DE MUITAS APRENDIZAGENS!
O experimento realizado por Mamie Phipps e Kenneth Clark exibiram bonecas negras e brancas para 253 bebês e crianças entre 3 e 7 anos (as bonecas negras precisaram ser pintadas de marrom, pois não havia brinquedos que retratassem bebês afroamericanos na época). Eles, então, fizeram oito pedidos aos voluntários mirins.
A primeira pergunta foi "Me dê a boneca com que você mais gosta de brincar."
TERÇA-FEIRA - 20 DE OUTUBRO
"O brinquedo estabelece uma relação íntima com a criança, estimulando a representação e a expressão de imagens que evocam aspectos da realidade."
PROPOSTA PEDAGÓGICA 1: QUAL O BRINQUEDO FAVORITO DA CRIANÇA?
É um brinquedo que envolve a parte motora? Como chutar, pular, pedalar...
Ou um brinquedo como dinossauro, boneco que representa um super herói? É uma boneca?
Para essa atividade devemos pensar no brinquedo que a criança tem mais apego e o que podemos aprender sobre a própria criança através dele.
Na escola algo que eles sempre aprendem é sobre compartilhar.
Que tal brincar um pouquinho com esse brinquedo, e observar como a criança se comporta.
Se ela deixa, se pede de volta, se isso gera incomodo.
Será uma ótima oportunidade de conversar (ao modo que a criança entenda) sobre a importância de dividir os objetos e interagir com eles em conjunto.
Uma ideia para estimular a fala, estreitar o laço afetivo e tornar momentos mais divertidos é usar fantoches.
Usando uma meia marrom ou preta, vocês podem criar em casa e dar um nome para ele.
Segue um link com nomes para inspirar
a nomeação dessa amiguinha ->NOMES PRÓPRIOS AFRICANOS Vamos imaginar um faz de contas que inclua o brinquedo preferido? Podem criar uma história oralmente com o protagonismo deste brinquedo, a história pode ser coletiva, envolvendo a participação de todos da casa. Boa diversão!
(GRUPOS 3, 4 E 5)
Sobre o brinquedo preferido da criança... Qual o nome do brinquedo? Por que ele tem esse nome? Não tem nome? Vamos pensar e escolher um nome pra ele? Qual nome você daria?
* Mesmo uma bola, um carro, ou uma bicicleta, são palavras, sobre esse brinquedos que podem ser exploradas.
Que tal pesquisar, recortar e colar em uma folha as letras que formam o nome do brinquedo preferido?
Vamos pesquisar imagens de outros brinquedos? Você sabe os nomes destes? Qual a letra que inicia esses nomes?
Falando em linguagem matemática, que tal convidar a criança a contar os seus brinquedos? É uma boa oportunidade para estimular a organização e acondicionamento de brinquedos. É interessante registrar as quantidades e aprimorar conceitos de números. Esse registro pode ser feito em forma de pequena tabela, podendo conter nomes e ou gravuras ilustradas pela criança ou por meio de recorte e colagem.
PARA FAMÍLIA:
MAMIE PHIPPS CLARK está entre outras grandes mulheres que marcaram a ciência com suas pesquisas e estudos.
Os resultados dos experimentos e estudos realizados por Mamie Phipps e Kenneth Clark foram elementos essenciais para o desfecho do processo Brown (onde Oliver Brown, no Kansas, não pôde matricular sua filha no colégio mais próximo de sua casa porque a instituição era reservada a brancos), em que nove juízes da Suprema Corte dos Estados Unidos declararam que a segregação racial nas escolas do país era inconstitucional.
"A corte concluiu que separar crianças negras de outras de idade e qualificação similar somente por causa de sua raça, gera uma sensação de inferioridade quanto o seu status na comunidade, que pode afetar seus corações e mentes de maneiras que provavelmente jamais serão desfeitas"
"As contribuições do casal ao movimento negro não pararam por aí. Eles fundaram uma das primeiras clínicas de assistência psicológica para crianças negras do Harlem." (FONTE)
PROPOSTA PEDAGÓGICA:DESENHANDO
"Raiva, frustração, medo... Essas e outras emoções difíceis são parte inevitável da vida. O livro infantil "Sinto o que Sinto", escrito pelo também ator Lázaro Ramos, com ilustrações em parceria com o Mundo Bita, foi criado com a intenção de tratar desse assunto com as crianças.
O desenho também pode ser utilizado no processo de terapia infantil. Até para crianças que ainda não desenvolveram a fala. O desenho pode expressar emoções e até as escolhas das cores podem influenciar e/ou estimular sensações.
Ofereça papel, giz de cera e variadas cores e deixe que a criança se expresse livremente, por meio do desenho.
QUINTA-FEIRA - 22 DE OUTUBRO
O Centro de Northside para o Desenvolvimento da Criança foi o primeiro centro para fornecer terapia para crianças no Harlem. Bem como ajudar as crianças que precisavam de terapia, o centro prestou apoio às famílias que precisavam de assistência habitacional. O centro posteriormente expandiu os serviços para incluir consultas psicológicas para problemas de comportamento devido a distúrbios emocionais. Oferecendo também orientação profissional para adolescentes e treinamento para educação infantil para os pais negros, e vários testes psicológicos. Os serviços hoje incluem serviço de reforço escolar de leitura e de matemática, oficinas de nutrição e treinamento para pais.
A Dra. Mamie Clark permaneceu ativa como diretora até sua aposentadoria em 1979.
Por falar em nutrição...
Sabemos que as experiências de alimentação, desde a primeira infância, já podem afetar a saúde e o bem-estar psicológico.
A partir dos dois anos de idade, a alimentação da criança torna-se mais parecida com a da família. Nessa fase, a criança ainda está formando seus hábitos alimentares e deve ser estimulada adequadamente . Nessa fase, a criança está em fase de socialização mais intensa, aprendendo a desenvolver também a autonomia. É importante assegurar e reforçar a sua seleção e consumo de alimentos saudáveis.
É importante que a família pense a alimentação de modo responsável, conscientes de que seus hábitos também são aprendizagens (exemplos) que a criança vai reproduzir.
PROPOSTA PEDAGÓGICA: FRUTAS E FRUTOS
Vamos primeiramente pegar frutas que temos em casa.
Essa fruta que está em casa, e que faz parte do hábito alimentar da família, vai ser o primeiro passo para iniciar a conversa sobre os alimentos.
(Mesmo as crianças que não se comunicam oralmente, devem participar, sempre que possível, de momento de conversa.)
Sabe a conversa do "é bom para os olhos; faz bem para o coração; essa fruta ajuda a pular mais alto; esse alimento faz você ter mais força" ?
A forma como você fala com a criança é fundamental para que o conhecimento chegue até ela. Em sala, por exemplo, há alunos que ao ouvir "essa cor é a cor do Hulk", sempre lembra dessa referência (pois isso faz parte do universo daquela criança). Aí, você amplia isso; é a cor do limão, a cor que tem na casca da melancia e assim por diante.
Uma criança que gosta de dinossauros, por exemplo, "será que tem algum dinossauro que come frutas?".
Conhecer o repertório da criança também é importante para que a conversa, e assim o conhecimento, se desenvolva. (E, com a sua atenção, buscamos ampliar esse conhecimento).
Vamos assistir um vídeo que sempre víamos juntinhos em sala?
Eu sei que demanda tempo e dedicação, família. Acreditamos que nem sempre é tarefa fácil realizar algumas coisas em casa. Mas vamos tentar!
Com pratinhos de papelão, tinta guache e papel amassadinho, vocês podem criar frutas.
Pode ser a reprodução da fruta que tem em casa. Por exemplo, tem banana? Vamos fazer uma banana com papelão. Pintar ela de amarelo. Observar juntos se tem mais alguma cor que aparece. (Preto?) E ir construindo juntos.
Vamos pesquisar imagens de pratos e alimentos saudáveis; saladas, frutas, verduras e outros.
Agora, vamos reproduzir com massinha.
* Proporcionem um momento de aprendizagem e diversão. Convide à criança a pensar e escrever, ao seu modo, receitinhas com base nos alimentos produzidos.
* Podemos também montar simbolicamente, pratos saudáveis a partir de recorte e colagem de imagens dos alimentos e/ou grãos como: feijão, arroz, milho, aveia... Usem a criatividade.
PARA FAMÍLIA:
Já pensou na culinária como expressão de resistência? Há uma forma de resgate da própria identidade através dos ingredientes utilizados em nossa alimentação. Podemos aprender diferentes pratos, inclusive. Como será o gosto do Thieboudienne (prato típico Senegalês)?
Segue o link de uma matéria, caso tenha interesse em conhecer e pensar mais sobre o assunto:
Pensar que a culinária, assim como toda a gastronomia, oferece saberes que devem ser resgatados e que sua história envolve o resgate também de nossa identidade.
SEXTA-FEIRA - 23 DE OUTUBRO
Sabemos que há várias questões que afetam a autoestima da criança, desde a primeira infância. O teste realizado por Phipps que exibia uma boneca negra e outra branca no qual crianças negras eram orientadas a atribuí-lhes características, tais como: bonita, feia, boa e má, trouxe grandes reflexões que, ainda hoje, nos faz pensar: Será que nossas crianças estão aprendendo a se gostar como são? Será que estão em um ambiente que lhes mostre nossa herança ancestral africana com toda sua riqueza e soberania?
Vamos ouvir algumas canções antes de começar nossa atividade?
Vamos ficar na frente do espelho e admirar nossos traços? Vamos observar cabelos, boca, olhos... Observem juntos.
Depois, vocês podem, usando uma canetinha (ou algo riscante, que depois possa ser limpo), desenhar no próprio espelho, de modo a criar traços e pensar formas também.
O adulto (ou o responsável pela atividade) pode começar e, observando, a criança vai ser conduzida a participar.
PROPOSTA PEDAGÓGICA 2:
É por meio do desenho que a criança cria e recria individualmente formas expressivas, integrando percepção, imaginação, reflexão e sensibilidade. Como possibilidade de brincar, de falar, de registrar, o desenho marca o desenvolvimento da infância e em cada estágio, ele assume um caráter próprio. Estes estágios define maneiras de desenhar que são bastante similares em todas as crianças.
(Grupos 3, 4 e 5)
Jogo - DESENHO MALUCO: Separe folhas de papel, canetas coloridas, tintas, pincel e deixe a imaginação tomar conta. O primeiro passo é desenhar uma cabeça no alto da folha. Depois, dobram-se os papéis e as folhas são trocadas entre os participantes. Em seguida, cada participante continua o desenho na folha que recebeu. Repetindo as instruções, as folhas são novamente trocadas. Assim, cada pessoa desenha uma parte, da cabeça ao pés. No fim, abra os papéis e veja os desenhos que se formaram. Ao final da atividade, vale expor as obras-primas em uma galeria de arte da família. Nessa brincadeira, cada participante recebe uma folha em branco.
Com certeza, vão ficar muito divertidos, com direito a cada participante deixar a sua marca neles.