Toda criança nasce cientista, experimentando e aprendendo, testando hipóteses. Gosta de explorar cada mínimo detalhe de seu ambiente. Essa é uma característica presente na infância. Depois que crescem, alguns indivíduos perdem o interesse e a curiosidade aguçada. Algumas vezes, de tal modo, acabam desestimulando as crianças à sua volta, não dando atenção ou criticando sua curiosidade.
Devemos ter atenção às perguntas, aos olhares e, quando a curiosidade surgir, explorar esse interesse para apresentar um mundo que acolhe, mostrando para criança que ela é respeitada e que seus questionamentos também são importantes.
O cientista social é o profissional que estuda o desenvolvimento e a organização das sociedades. Estuda sobre origens e culturas. Seu objeto de estudo é gente, sociedades, formas de organização. Analisa movimentos, conflitos sociais e a construção de identidades. Através de suas pesquisas e do conhecimento que podemos obter através delas, os cientistas sociais nos dão pistas do que está acontecendo.
Mamie Phipps foi a primeira mulher negra afro-americana a obter doutorado em psicologia experimental. Se tratando de investigação, como não nos contaram a verdadeira história quanto ao nosso povo e sobre milênios de pionerismo intelectual, devemos, sempre que possível, investigar e falar sobre nós, por nós. (Leirura Sugerida)
SEGUNDA-FEIRA - 26 DE OUTUBRO
PARA COMEÇAR A SEMANA
VAMOS ESTIMULAR NOSSOS PEQUENOS CIENTISTAS!
EM HOMENAGEM A PHIPPS CLARK, QUE ERA CIENTISTA, VAMOS TER UMA SEMANA DEDICADA AS CIÊNCIAS! VAMOS INVESTIGAR E PERCEBER AS REAÇÕES!
PROPOSTA PEDAGÓGICA 1: CADÊ O GELO? DE ONDE VEIO ESSA ÁGUA?
Para essa atividade, vocês podem pegar alguns cubos de gelo e colocar em bacias. É importante que possam ver, sentir, tocar e até colocar na boca (atenção ao tamanho e ao tempo em contato com o gelo). O processo investigativo envolve questionamentos como: tá quente ou tá frio? É duro ou mole? Tem gosto de quê? Você sabe de onde vem? O que você sente quando toca no gelo? Mas deixe que a criança faça seus questionamentos. No caso das crianças que ainda não se comunicam oralmente, as expressões são formas de comunicação.
Depois observem juntos. Está acontecendo alguma coisa com o gelo? Ele está diminuindo?
Depois de um tempo, olha só o que aconteceu com o gelo! O que será que aconteceu?
Para as crianças que não se comunicam oralmente ainda, é o adulto que instiga a curiosidade com indagações que ele mesmo vai respondendo, enquanto a atividade acontece. Será que o gelo ficou assim por conta do calor? Acho que sim, na geladeira ela fica no frio e consegue ficar duro e geladinho!
Se acrescentar tinta (ou corante), enquanto derrete o gelo vai criando desenhos. Se forem duas cores, a medida que derrete (o azul e o amarelo, por exemplo) podem apresentar uma outra cor. Olha que legal!
Brincar e experimentar são sempre boas oportunidades para aprender!
PROPOSTA PEDAGÓGICA 2:
(GRUPOS 3, 4 E 5)
FALANDO NISSO...
Vamos produzir areia Movediça: você pode fazê-la dentro de um pote ou dentro de uma bacia. Quando colocamos os dedos (ou algum objeto) devagar no líquido, ele afunda até a base do pote. Mas, se bater os dedos bem rápido na superfície, ela fica dura, como se fosse um chão. Esse experimento simples instiga muitas perguntas nas crianças, além de proporcionar uma experiência sensorial diferente.
Ingredientes: Amido de Milho, água, corante (opcional). Modo de fazer: O experimento pode ser feito em diferentes escalas, de um balde até um copo, recomenda-se manter a proporção de 2 copos de água para 1 de Amido de Milho. Se quiser adicione algumas gotas de corante para deixar o líquido colorido, proporcionando ainda mais diversão.
Por meio da brincadeira, convide a criança a pesquisar e observar detalhes em folhas de plantas, insetos como formigas, alimentos como grãos de feijão, sementes de frutos e outros, sinalizando cores, formas, tamanhos e principalmente dando-lhe a chance de investigar e fazer seus questionamentos. Crianças que não se comunicam oralmente, por exemplo, questionam elementos naturais enquanto amassam, cheiram, enquanto verifica se consegue encaixar em algum espaço.
"A desintegração, a separação com a Natureza constituiu para o africano o obstáculo do desenvolvimento integral do munthu, Ser Humano."
O estudo de Mamie Phipps foi muito influente e trouxe luz para os efeitos da segregação racial sobre as crianças em idade escolar.
Para enxergarmos, além dos olhos, precisamos de luz. Chamamos de visão o sentido que nos dá a capacidade de enxergar.
"A visão é o principal sentido usado por nós, essa é uma das razões da óptica, o estudo da luz, ser uma ciência muito antiga.
PROPOSTA PEDAGÓGICA 1: LUZ E SOMBRAS
BRINCADEIRAS COM LANTERNA OU COM A LUZ DE VELAS.
Com atenção e cuidado, a ideia da proposta de hoje é explorar diferentes possibilidades de gestos e movimentos do corpo, brincando com a luz e as sombras.
Vamos utilizar a luz como instrumento de investigação e descobertas.
Prepare o ambiente com as luzes apagadas e "cortinas" ou tecidos que possam servir de cortina e criar uma espécie de cabana. Fora das cabanas, deixe lanternas apagadas, Coloque lanternas dentro, uma acesa e outra apagada. Com brinquedo já conhecidos pela criança, para que possa pegar quando necessário.
Vocês podem começar a atividade com os adultos, buscando que identifiquem através das sobras o que está sendo mostrado. Depois, expandir para criação de animais usando formas com as mãos. Após um tempo observando, convide a criança para entrar na cabana e tentar criar sombras para que o adulto descubra. Ou, junto com ela, tente articular os dedos de modo a criar uma forma.
Explorar e observar que seus movimentos frente a luz geram movimento também na sombra e pode ser bem divertido. E, ainda que não sendo explorado com as lanternas ou um ambiente feito em casa, havendo possibilidade de estar ao sol e observar e explorar os movimentos do próprio corpo.
VÍDEO TEATRO DE SOMBRA - MÚSICA AQUARELA - > CLICK AQUI <-
(GRUPOS 3, 4 E 5)
Desde muito pequenas, as crianças se encantam com a luz e prestam muita atenção às sombras e seus movimentos. A sombra é uma oportunidade para se conhecer e conhecer o espaço através da imagem projetada, que por vezes é privada de informações figurativas. Também é uma forma de conhecer o outro, de maneiras diversas, sombra maior, menor, desfocada, inclinada, entre outras perspectivas.
Brincar com as lanternas pelos espaços da casa (mostrar espaços, objetos, as crianças).
Fazer demonstrações variadas com as lanternas, possibilitando às crianças, reproduzir e pensar em outras possibilidades, experimentando e mexendo sozinhas. Uma outra opção é utilizar papel celofane ou, outros plásticos coloridos em frente a lanterna e deixar uma caixa com fundo branco para que as crianças apontem coloridos em frente a lanterna.
Organizar um espaço com um cenário feito de lençol, com o auxílio de um abajur, ou lanterna e luzes apagadas, utilizando brinquedos e a criança... Vamos descobrir qual o animal? Qual a letra inicia o nome do animal que você descobriu?
Outra opção, recortar as letras do alfabeto e reproduzir as imagens por meio das sombras com lua e tecido transparente, para que a criança diga o nome da letra.
"A relação de causa e efeito é de vital importância para o desenvolvimento cognitivo da criança. As sensações, a percepção, a memória, a atenção e a concentração são processo que ajudam na elaboração desse tipo de relação."
É uma forma de ajudar a criança no entendimento do por que e como as coisas acontecem ao seu redor. Por exemplo, ao jogar um objeto no chão e vê-lo quebrar, a criança acaba assimilando que algo fez com que esse objeto quebrasse. Oferecer exercício que explorem essa relação contribui com o seu processo de desenvolvimento.
Uma atividade como permitir que a criança mesma sirva a própria bebida e perceba que a quantidade exagerada acaba fazendo com que a bebida transborde, por exemplo,= gera um conhecimento muito importante. Isso precisa ser estimulado!
Explorar relações de causa e efeito envolve: transbordar, tingir, misturar, mover e remover etc. Quais outras atividades, dentro da rotina da família, podem ser feitas em casa que contribuam para esse conhecimento?
PROPOSTA PEDAGÓGICA 1: EXPERIÊNCIA
Essa experiência faz muita sujeira, então, precisa de um espaço.
Os ingredientes são: vinagre, sabão, algum corante, bicarbonato e água.
Ah! E os recipientes.
Vamos criar uma erupção colorida!
Observar como alguns elementos, quando combinados, geram um efeito bem incrível.
Primeiro você coloca o vinagre e em seguida coloca o corante, para deixar colorido.
Deixe a criança mexer e observar como corante tinge o vinagre.
Depois, acrescente o sabão (não precisa ser muito, a medida de um dedo do copo já é suficiente) e novamente mexe.
A "magia" acontece ao acrescentar o bicarbonato, o líquido começa a espumar e crescer.
Ao mexer vira uma verdadeira erupção!
PROPOSTA PEDAGÓGICA 2:
Iniciar um diálogo com a criança: você sabe o que é um vulcão? Vamos pesquisar, buscar imagens em jornais, revistas, livros ou internet, com a criança, instigando a curiosidade e possibilitando a exploração dos veículos de comunicação.
O Ol Doinyo Lengai é um estratovulcão localizado no leste do Vale do Riff no nordente da Tanzânia, África.
Após, solicite um desenho de como a criança imagina um vulcão.
Construir maquete de vulcão utilizando materiais como caixas, palitos de picolé, rolo de papel higiênico, cola, jornal, tinta guache, fita adesiva, papel colorido, ou outros que tenham disponível.
Como fazer:
Utilizar rolo de papel higiênico ou fazer um cilindro de papelão com diâmetro de um copo descartável. Afixar um copo descartável em uma das extremidades do cilindro com fita adesiva, após o mesmo será a boca do vulcão. Fixar o cilindro no isopor, papelão ou outro material resistente, no espaço destinado ao vulcão. Fazer bolas de jornal e colar ao redor do cilindro moldando para dá forma ao vulcão. Cobrir a montanha de jornal com tinta guache na cor marrom simbolizando argila, deixando uma abertura por onde irá "sair a lava". Para provocar "a explosão de um vulcão", colocar no copo descartável que está na boca do vulcão os seguintes materiais: meio copo de vinagre, tinta guache vermelha e amarela, água oxigenada, por último duas colheres de sopa cheia de fermento de pão. Questione a criança sobre o que mais gostou, o que mais lhe chamou atenção.
"Corporeidade ou Mente Corpórea é um termo da filosofia para designar a maneira pela qual o cérebro reconhece e utiliza o corpo como instrumento relacional com o mundo. Corporeidade é supostamente animada pela alma humana que lhe daria transcendência pelo nosso corpo."
É comum, em vários momentos da rotina da criança, vê-las mexendo em objetos e materiais de uso cotidiano de forma que façam "barulho", como por exemplo, batendo a colher no prato, chacoalhando brinquedos, empurrando cadeira etc. Explorando formas diversas de produzir som, ainda que de maneira espontânea.
Tenha um diálogo com a criança e solicite que perceba os sons ou objetos presentes em casa, que produzam sons, após, convide-as a perceberem os sons que permeiam outros espaços (pátio, parque...) Chame a atenção para sons que a criança talvez não identifique, tais como, de pessoas andando, o canto de pássaros ou outros animais, o barulho de veículos, a chuva. Explicando que a nossa vida está repleta de sons, o nosso próprio corpo produz muitos sons.
PROPOSTA PEDAGÓGICA: CORPO SOM E MOVIMENTO
Convide a criança a explorar movimento com o corpo pode produzir som. Ex: palmas, bater os pés (direito, esquerdo) assobiar, estalar os dedos, movimentar os lábios, imitar o som dos animais.
Canções como: "PALMA PALMA PALMA, PÉ PÉ PÉ, RODA RODA RODA, CARANGUEJO PEIXE É." Coloca a criança em movimento fazendo uma junção com a produção de sons.
O arco-íris, um arco multicolorido, comporto de sete cores que vão do laranja, amarelo, vermelho, azul, anil e violeta, efeito causado pelo fenômeno óptico que, através da refração (dispersão) de luz solar sobre as gotas de água suspensas no ar, forma um espectro de luzes ou cores.
A luz branca do sol é refratada sobre as gotas de água e, assim, dividida nas sete cores que compõem o arco-íris. Dessa forma, o efeito do arco-íris pode ser observado sempre que existem gotas de água no ar e, sobretudo quando a luz do sol incidir acima do observador.
PROPOSTA PEDAGÓGICA :
E por falar em arco-íris...
Já imaginou criar um?
Você vai precisar do copo cheio para que a luz passe através da água e gere um arco-íris no papel branco. Funciona assim: Primeiro segure o copo contra a luz do sol sobre um papel branco. Se o copo estiver na vertical, no primeiro momento não acontece nada. Porém, ao inclinar o copo e começar a girá-lo, você vai encontrar um ângulo certo e... Tcharãn! O arco-íris aparece.
Vamos construir um arco-íris? Utilize giz de cera ou tinta guache com as cores correspondentes, algodão pode ser utilizado pra simbolizar as nuvens. Outra opção, substituindo a pintura e, utilizar papel picado colado, com s cores correspondentes.
Converse com a criança sinalizando as sete cores que o formam. Para as crianças menores, após a construção do arco-íris convide-a contar de forma oral e escrita as cores que formam o arco-íris. Os dedinhos podem auxiliar nesse processo de contagem oral.
Para as crianças maiores, após construir o arco-íris que tal escrever os nomes das cores que o formam? Se construíssemos dois arco-íris, quantos cores teríamos? Converse com a criança, instigue e auxilie nessa descoberta. Após, registrar de forma escrita a quantidade de cores que teríamos se produzissem dois arco-íris.
Para o momento da leitura, gostaríamos de ensinar essa linda canção que cantamos com eles na escola. Que tal cantá-la antes de ler um livro para eles? Vamos aprender!
(click aqui) Letra: Lá na montanha tem uma casinha. Toda enfeitadinha, cheia de florzinha. La na casinha, em cima da montanha, mora uma menina que gosta de histórinha. Quem quiser ouvir o que agora eu vou contar, suba na montanha e fique quieto assim...
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Esperar a vez. Brincar junto. Compartilhar objetos. Admirar o brincar do outro. Ser participativo. Ter liberdade de explorar. Nossos cientistas mirins descobrem muito sobre viver socialmente enquanto convivem em sala. Que saudade de vocês!