ESSE É O NOSSO AMBIENTE EDUCACIONAL VIRTUAL.

segunda-feira, 30 de novembro de 2020

CAMINHOS E TRANSIÇÕES

    Para essa semana que estamos iniciando, seguimos conhecendo a biografia de Maria Gregória dos Santos, que finalizaremos essa semana. Pensando também no território que nossa escola ocupa e nas trajetórias de Ia, vamos voltar nosso olhar para Península de Itapagipe.
 "As primeiras ocupações na região dos Alagados ocorreram na década de 1940 com as chamadas "palafitas", que possuem infraestruturas precárias. A situação de risco dos moradores chegou a chamar a atenção do Papa João Paulo II em visita à região no início dos anos 1990. " (FONTE)
   
 Melquíades e Maria Gregória acompanharam essa realidade de Alagados, das palafitas ao processo de aterramento. Viveram a  transição, que grande parte da população preta enfrentou, que é sair das comunidades quilombolas para construir novas formas de se aquilombar nas favelas.   

    Maria Gregória dos Santos segue sua história na região de Alagados, atendendo hoje como escola comunitária na comunidade da Mangueira buscando trazer referência Africana e Afro-Brasileira para crianças de Educação Infantil "segmento da educação básica que atende criança em formação, nos primeiros anos de vida. Período em que ocorre a formação do caráter. Determinante para traçar o perfil do ser humano que será." (FONTE)

  

SEGUNDA-FEIRA -  30  DE NOVEMBRO 

LEGADO - A RIQUEZA DE UM POVO 

(IMAGENS DA ENTRADA DAS NOSSAS SALAS)

    A constituição Federal de 1988, em seus artigos 215 e 216, ampliou a noção de patrimônio cultural ao reconhecer a existência de bens culturais de natureza material e imaterial e, também, ao estabelecer outras formas de preservação. (...) A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) define como Patrimônio Cultural Imaterial "as práticas, representações, expressões, conhecimentos e técnicas - com os instrumentos, objetos, artefatos e lugares culturais que lhes são associados - que as comunidades, os grupos e, em alguns casos os indivíduos, reconhecem como parte integrante de seu patrimônio cultural." (FONTE)

PROPOSTA PEDAGÓGICA 1 - RIQUEZAS IMATERIAIS

    O samba de roda do recôncavo, que esteve na sugestão da atividade da semana passada,  é um exemplo de patrimônio imaterial.
    O Carimbó é um encontro do pé batido indígena com a dança de origem africana, preservado pela oralidade dos mestres populares. O nome Carimbó deriva do instrumento de percussão indígena curimbó, que na língua tupi quer dizer pau oco. Em setembro de 2014, foi aprovado pelo Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural para se tornar Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil. (LEITURA SUGERIDA)

ASSISTIR AO VÍDEO -- > Tuca no Carimbó - Nana & Nilo
    "As danças africanas integram a extensa cultura do continente africano e representa uma das muitas maneiras  de comunicação cultural. Esse tipo de manifestação é de extrema importância para o seu povo, constituindo parte essencial da vida. É uma maneira de estarem sempre conectados com seus antepassados e carrega uma poderosa carga espiritual, emocional e artística. (FONTE)

O continente africano tem muitas riquezas, esse legado ajudou a compor o patrimônio cultural construído no Brasil. O Jongo é um exemplo de manifestação cultural de origem africana. 

No vídeo, Nana dança Jongo do Tongo com seu vizinho Akim,, Nilo toca candongueiro e Gino, o passarinho verde, toca caxambu.

NANA E NILO -- > O JONGO DO TONGO  <---

No momento de apreciação musical o responsável pela atividade vai convidar a criança para assistir a apresentação. Falar do JONGO, A RIQUEZA CULTURAL AFRO-BRASILEIRA, mas estar livre para observar, mover-se, imitar caso tenha interesse. Aprecie a dança junto com ela e, se sentir vontade, interaja dançando.

APRESENTAÇÃO ---> JONGO 

PROPOSTA PEDAGÓGICA 2 - RIQUEZAS NATURAIS
(Grupo 3, 4 e 5)
Falando de riquezas africanas, o continente concentra inúmeras riquezas naturais, detendo também de grande reservas minerais, destacando-se o ouro e os diamantes, bem como fontes energéticas como petróleo e gás natural. 

Vamos conhecer e identificar a presença dos minerais em nosso dia a dia, por meio da brincadeira.

ASSISTIR AO VÍDEO --> -- OS MINERAIS --

    Quase todas as civilizações usavam ouro em suas joias. Em África as joias possuem símbolos e vão além do uso dos minerais. São símbolos de identidade, poder, proteção e comunicam também celebrações e costumes. 
Por falar em joias...
    Vamos brincar como se tivéssemos construindo nossas joias; pulseiras, colares e anéis, utilizando materiais como: canudos plásticos, tampinhas de garrafa, macarrão pintado com tinta guache colorida, sementes, canudinho feito com papel e cola. Para este último, após secar a cola, utilize tinta guache para colorir, quando a tinta secar, corte em pequenos pedaços para montar colares, pulseiras...
(Ampliando a aprendizagem... Vamos contar? (Quantos canudos utilizará na pulseira? Quantas sementes utilizará no colar? Quantos azuis? Quantos amarelos? Quando eu conto as azuis com as laranjas, quantas peças eu tenho? Quantas peças utilizamos para fazer todas as joias?)

Que tal fazer um desfile para apresentar as peças criadas?

São belas e coloridas as influências que compõem nossa cultura africana e afro-brasileira. 


TERÇA-FEIRA -   01 DE DEZEMBRO  

     AKILOMBAMENTO
    O continente africano é formado por 54 países distribuídos em 5 regiões.  No continente podemos encontrar uma diversidade de grupos étnicos que foram pioneiros na arquitetura, desenvolvendo suas próprias tradições. "Há 35.000 anos, algumas etnias desse continente já estavam desenvolvendo estudos na área da matemática, da geometria e da engenharia." (FONTE) 
    Como falamos das palafitas em Alagados, hoje, vamos conhecer Makoko; a maior favela flutuante e um lugar difícil de imaginar. Lagos foi fundada como uma vila de pescadores no final do século 19.
 Hoje Makoko é composta por seis vilas espalhadas em terra e água da Nigéria. Quatro dessas vilas estão sobre águas.

PROPOSTA PEDAGÓGICA 1 -  CONSTRUÇÕES
Essa imagem é de uma escola em Makoko. Ela ganhou prêmio de arquitetura. (FONTE)

Vamos, usando palitos de picolé, brincar de arquitetos e construir uma escola com palitinhos de picolé.

O responsável pela atividade vai convidar a criança à enxergar possibilidades com os palitos, e, usando ele mesmo algumas formas, vai construindo e conversando;
SABIA QUE HÁ VÁRIAS FORMAS PARA FAZER UMA CASA?
COM BARRO, COM TIJOLO,COM MADEIRA...
Pode mostrar as imagens de Makoko, na Nigéria e falar como a região da Mangueira, na comunidade onde fica nossa escola, era, no passado.
VAMOS FAZER CASINHA DE MADEIRA?


VAMOS ASSISTIR E OUVIR UMA CANÇÃO!

PROPOSTA PEDAGÓGICA 2 -  TIPOS DE MORADIAS
(GRUPOS 3, 4 e 5)

A palafita é um tipo de habitação construída sobre troncos ou pilares. Em geral, as palafitas são feitas de madeira, de palha ou de taipa (a taipa é um tipo de construção em que o barro é assentado sobre uma armação de galhos e ripas). Esse tipo de construção é comum em áreas alagadiça, pois deixa a casa em uma altura que a água não alcança.

Assistir ao vídeo ---> TIPOS DE MORADIAS

Pesquisem com as crianças imagens e nomes de diferentes tipos de moradias e fazer um pequeno cartaz (colagem).

Pensando nas palafitas, onde viveu Maria Gregória, vamos construir casinhas utilizando palitos de picolé.



QUARTA-FEIRA -   02 DE DEZEMBRO  

    Para esse  mês de dezembro vamos conhecer juntos sobre os princípios e símbolos da celebração da Kwanzaa. Começaremos pensando sobre UMOJA - Unidade familiar. (Leitura Sugerida) 
    Maria Gregória dos Santos foi uma mulher que pensava na Sagrada Família (termo usado para designar a família de Jesus de Nazaré. Composta, segundo a bíblia, por José, Maria e Jesus). Ela tinha o desejo de ter um quadro (que muitas famílias católicas tinham, assim como do "Sagrado Coração de Jesus"). Ia (como era chamada Maria Gregória) queria ter em casa a imagem representada, na qual se inspirava, ao pensar na construção do que para ela sempre foi sagrado, a família. 
    Era para Sagrada Família que Maria Gregória pedia às bênçãos sobre a família dela, sobre a vida, para seu casamento, seus filhos... Era algo muito forte.
    Sabemos que é no âmbito familiar que recebemos as primeiras noções de como estar no mundo.  É nela que aprendemos a amar e ser amado e o significado de ser "pessoa".

    "A família é uma invenção humana. E a África, berço da humanidade, foi o lugar onde ela surgiu. Foi na África que os humanos criaram as formas mais essenciais da sua vida social e foi lá que surgiram as primeiras instituições gregárias das sociedades humanas: os agrupamentos coletivos, as famílias. 
Em muitas comunidades africanas acredita-se que só se conhece de verdade uma pessoa conhecendo a sua família de origem. Sua personalidade, educação e características são definidas a partir da família." (FONTE)
    O primeiro dos sete principais valores da celebração da Kwanzaa é Umoja, que significa a unidade da família, da comunidade, dos povos...

PROPOSTA PEDAGÓGICA: DESENHANDO FAMÍLIA

FAMÍLIA É... (?)
QUANDO ESTOU EM FAMÍLIA EU SINTO... (?)
TER VOCÊ (A CRIANÇA) NA FAMÍLIA SIGNIFICA... (?)
JUNTOS NÓS SOMOS... (?)

Depois de refletir sobre isso (O responsável pela atividade), vai iniciar uma conversa com a criança em um ambiente acolhedor com papel e variados objetos riscantes (giz de cera, guache, lápis de cor...)
* Converse com a criança sobre família e componha junto com ela um desenho que traga as respostas dos questionamentos acima. 
Esse desenho é o nossa primeira atividade: UMOJA

PROPOSTA PEDAGÓGICA 2:
(GRUPOS 3, 4 E 5)

Vamos pensar a família, como unidade, espaço de transmissão de valores e construção, pensar como a criança tem aprendido a valorizar e a conhecer a família.

Vamos pensar e produzir uma árvore genealógica  representando as pessoas que compõe a nossa família, por meio de gravuras, desenhos da criança ou fotos propriamente ditas. Dialogue com a criança sobre antepassados importantes na família que também possa registrá-los nessa atividade, com também uma forma de homenageá-los.

Árvore genealógica com recortes de papelão e tinta guache
Para as crianças maiores (GRUPO 4 E 5), convide-a a pensar e tentar escrever o nome das pessoas que compõem a família. Existe mais de uma pessoa da família, cujo nome se inicia com a mesma letra? Qual é a letra? Existe alguém com dois nomes (nome composto)? Quem?

VAMOS ASSISTIR À HISTÓRIA --> VARAL DE HISTÓRIAS

QUINTA-FEIRA -   03 DE DEZEMBRO  

KUJICHAGULIA - AUTODETERMINAÇÃO

    O segundo princípio que vamos conhecer é Kujichagulia, autodeterminação. "Nenhum povo neste planeta, pode reivindicar-se livre, sem ter autodeterminação para definir por meio seguros e próprios os rumos de sua continuidade. Kujichagulia é a pedra angular do compromisso em restaurar o controle sobre nossas vidas através de várias gerações." (FONTE)

(Imagem de Maria Gregória e o neto Jorginho, quando ele nasceu)

  •     Autodeterminação é um dos princípios fundamentais dos direitos humanos e significa "autonomia, abrangendo auto-responsabilidade, auto-regulação e livre-arbítrio de um ser humano." 
    A autonomia desde a primeira infância é importante para que a criança se torne mais segura, independente e tenha iniciativa. Nesse processo de autonomia, o autocuidado é a chave para que também se desenvolva uma boa relação consigo mesmo. Até ao se tratar de alimentação, entender a importância de determinados tipos de alimentos e o porque de pensar de onde vem aquela comida que está no prato.  O autocuidado nos leva até a pensar na cautela e no respeito aos próprios gostos e limites.
    As atividades lúdicas têm um papel muito importante nesse processo de desenvolvimento. É ferramenta de aprendizagem onde, brincando, a criança expressa sua imaginação, conhece seu corpo e até mesmo cria suas próprias regras.

PROPOSTA PEDAGÓGICA 1: PENSANDO O AUTOCUIDADO
(GRUPOS 3, 4 E 5)

    Tanto o ambiente, espaço, bem como a postura da família, do adulto, exerce grande influência no processo de construção da autonomia da criança. O que permitirá a criança agir por escolhas, iniciativa própria. Devemos sempre respeitar a autoconfiança dela, e estimular o autocuidado e a autodeterminação, seja em momentos de atividades do dia a dia, ou , na hora na brincadeira.

Vídeo ---> BONECA DE LATA

Este é também um momento interessante para suscitar noções de cuidado e atenção (ao andar descalço, pisar em lugares molhados... Para evitar quedas e se machucar, como a boneca de lata. Estimule a criança a pensar, criar um enredo, de forma oral ou escrita espontânea, ao modo da criança, ressignificando a história da boneca de lata, dando para ela um final feliz.

Vamos "dar vida" à boneca de lata: confeccionar com recicláveis, utilizando latas vazias, ou rolos de papel envolvido com papel alumínio.

Vamos pensar em nomes para nosso boneco (a). Que tal pesquisar com a criança nomes de origem africana e ela possa escolher o que mais gostou?
Com pedaços de tecido, construir roupas e acessórios para deixar a boneca/boneco bem bonito. Deixe que a criança tome iniciativas na escola de modelos, cores, em vestir, calçar o personagem (E.: Vai ter lacinho? Vai ter sapato?) dentre outros.

PROPOSTA PEDAGÓGICA 2: PRÁTICAS PARA AUTONOMIA
(GRUPOS 1 E 2)
Há algumas atividades (tarefinhas) práticas que podemos fazer para ajudar a criança a se sentir mais independente e para que desenvolva a autonomia de forma saudável.

Exemplos: guardar brinquedos; escovar os dentes; comer sozinho...
Até o hábito de dar opções para que a criança escolha a roupa que mais gosta ou o sapato que gostaria de usar, pode motivá-la a pensar sobre autocuidado.
A atividade de transferência usando diferentes talheres pode ser feita no momento das refeições. Ampliando o uso dos talheres e desenvolvendo autonomia para se alimentar.

SEXTA-FEIRA -   04 DE DEZEMBRO  

UJAMAA - economia cooperativa e solidariedade

Ujamaa nos remete a pensar nos pequenos negócios e empreendimentos pretos e formas de fortalecimento da economia entre nós. Uma forma de pensar em manter nossas próprias lojas, supermercados e outros negócios para comercializar juntos.

PROPOSTA PEDAGÓGICA 2: CONCHINHAS

ANTES DAS MOEDINHAS E DO DINHEIRO DA FORMA QUE CONHECEMOS, HAVIAM OUTRAS FORMAS DE TROCA E COMÉRCIO. HAVIAM DIVERSAS ESPÉCIES DE CONCHAS (CAURIS, ZIMBOS, WAMPUNS) USADAS COMO MOEDA EM TODA A ÁFRICA.

VOU TE CONTAR UM SEGREGO QUE VEIO DO MAR. A CONCHINHA QUE FALOU. 
VAMOS ESCUTAR?

----> ESCUTA AQUI <-----
VAMOS DESENHAR MOEDINHAS DE CONCHINHAS.

PROPOSTA PEDAGÓGICA 2: NÚMEROS

(Grupos 3, 4 e 5)
    Falando em economia, vamos pensar sobre o nosso dinheiro. Os números estão à nossa volta e também são fundamentais na vida das crianças, principalmente quando falamos sobre dinheiro. Ensinar as crianças como funciona o sistema monetário, é uma tarefa bastante relevante. É interessante aprender cantando e brincando com números e objetos em nosso dia a dia.

(clique para visualizar melhor)

    Para os grupos 4 e 5, complementando a atividade, estimule a contagem oral de um a dez, instigando sobre qual o número ela acha que tem maior valor dentro dessa sequência, relacionando às cédulas. Qual a cédula de maior valor? Qual a cédula de menor valor?

(clique para visualizar melhor)

________________________________________
FINALIZAMOS ASSIM MAIS UMA SEMANA.
Ainda vamos conhecer mais sobre Kwanzaa



SEGUE ABAIXO LINK PARA ENCONTRAR LIVROS PARA LER ONLINE, GRATUITAMENTE:

INCENTIVO À LEITURA FAMILIAR









Lembranças da gente bem juntinhos!


UMA ÓTIMA SEMANA PARA TODOS NÓS!
UBUNTU

segunda-feira, 23 de novembro de 2020

ESCOLA COMUNITÁRIA

    Essa semana vamos falar da Escola Comunitária Maria Gregória dos Santos, conhecendo um pouco de como surgiu esse espaço educacional. Para isso, vamos voltar ao passado, lá na comunidade quilombola do Cangula, em Alagoinhas. Onde Maximiana, mãe de Maria Gregória, já via a educação com um olhar especial, reconhecendo sua importância para a formação e para o desenvolvimento de um indivíduo e sua comunidade.

(FONTE - FOTO)

    Na vida escolar dos filhos, quando as aulas da Prefeitura eram suspensas, Maximiana pegava o pouco que tinha e ganhava da roça, para pagar aula particular. Esse empenho e compromisso com a educação, plantou em Maria Gregória valores que seguiram também  na formação dos seus filhos; a educação sempre teve um lugar de destaque.

    Maria Gregória desenvolveu um sonho de que sua filha Maria Elisabete fizesse uma escola. Esta, tentou encontrar formas de desenvolver um ambiente educacional. Após fazerem uma tentativa e não ter dado certo, resolveu, junto com Maria Gregória, desenvolver atividades socioeducativas com as crianças da comunidade com o material que seria utilizado na escola.

     Ao observar a dedicação da filha em acolher e oferecer atividades para as crianças, Maria Gregória dizia:

"Eu ainda acho que você deveria fazer a escola."

E assim foi plantada a sementinha (perseverança).


    Já com questionamentos raciais relacionados à educação e com a busca e encontro com (CNNC) Concelho Nacional de Negros e Negras Cristãos, Maria Elisabete pensou que a educação escolar precisava ter como base o respeito às diferenças, principalmente no aspecto étnico-racial, assim surgiu nossa Escola Comunitária Pan-Africanista, que começou a funcionar no mês de março de 2015.  Não chegou a se formar a tempo da presença da mulher que inspirou o seu nome, Maria Gregória, mas segue, com certeza, com seus valores sobretudo de cuidado, atenção e afeto.

    Falando do Ambiente Escolar, todas as atividades são organizadas de modo a se articular com os objetivos de uma Base Nacional Comum Curricular (BNCC) para Educação Infantil, mas sobretudo buscando "promover uma pedagogia afrocentrada a partir da valorização da educação como um instrumento de humanização, interação, inclusão social, enfrentamento e superação ao racismo e toda forma de preconceito.", como coloca Maria Elisabete dos Santos, diretora da escola. (FONTE) 

    Com o auxílio do nosso ambiente virtual, nesse momento de pandemia o ambiente escolar tem sido em casa. Por isso, pensamos em passar para vocês, responsáveis pelas tarefas, algumas informações e dicas sobre os campos que indicam quais são as experiências fundamentais para que a criança aprenda e se desenvolva, conforme essa Base Nacional Comum.

O FAZER PEDAGÓGICO

VAMOS, DURANTE ESSA SEMANA, FALAR UM POUCO SOBRE OS CAMPOS DE EXPERIÊNCIAS, DANDO EXEMPLOS DE ATIVIDADES QUE SÃO ELABORADAS PENSANDO EM CADA UM DELES.
Todas as atividades que colocamos nesse ambiente, assim como as que realizamos na escola, possuem objetivos específicos.

SEGUNDA-FEIRA -   23 DE NOVEMBRO  

CAMPO DE EXPERIÊNCIA:

    "Conviver com diferentes manifestações artísticas, culturais e científicas, locais e universais, no cotidiano da instituição escolar, possibilita às crianças, por meio de experiências diversificadas, vivenciar diversas formas de expressão e linguagens, como as artes visuais (pintura, modelagem, colagem, fotografias etc.), a música, o teatro, a dança e o audiovisual, entre outras. Com base nessas experiências, elas se expressam por várias linguagens, criando suas próprias produções artísticas ou culturais, exercitando a autoria (coletiva e individual) com sons, traços, gestos, danças, mímicas, encenações, canções, desenhos, modelagens, manipulação de diversos materiais e de recursos tecnológicos." (FONTE)

    Como dia 22 de novembro é dia do músico, vamos celebrar esse dia! Você sabia que o pai de Maria Gregória foi músico? Sim! O nome dele era Alfredo Ângelo, ele tocava violão. Nesse dia vamos pensar na música de forma bem criativa!

(Mostre imagens de tambores para as crianças)

(Leia em voz alta)

O TAMBOR 
É SINAL DE VIDA
SUAS BATIDAS
É O CORAÇÃO
OCUPAM LUGAR ESPECIAL
NA HISTÓRIA DE ÁFRICA
ACOMPANHAM CERIMONIAS
CELEBRAÇÕES. (VÍDEO SUGERIDO)

PROPOSTA PEDAGÓGICA 1: ECOAR O TAMBOR

VAMOS CONHECER UMA HISTÓRIA!

---> A MENINA E O TAMBOR <--- CLICA AQUI

CORAÇÃO
TAMBOR CANÇÃO
QUE ALEGRA
PROVOCA EMOÇÃO.

 Usando tinta guache, vamos decorar um balde de modo a criar um lindo tambor.
Após ver imagens de variados tambores africanos, inspirados pelas formas,  traços e cores, usando os dedinhos, vamos criar nosso instrumento. Depois do balde bem enfeitado, vamos tocar tambor. Que tal começar ouvindo o tum-tum no nosso peito. Vamos tentar fazer igual no balde? - TUM TUM, TUM TUM,TUM TUM.

A NANA E O NILO, NO JONGO DO TONGO, TOCA TAMBOR. VAMOS OUVIR E DANÇAR!


PROPOSTA PEDAGÓGICA 2:
(GRUPOS 3, 4 e 5)

Vamos ouvir uma história ---->  A ESCOLA DO MARCELO

    Agora, vamos construir uma maquete representando a escola (utilizem caixas de papelão, de fósforo, de remédio, palitos, tinta, canetinha colorida, dentre outros materiais). Usem a criatividade para deixar a escola bem bonita. Compartilhem conosco!
    Que tal recortar e colar na maquete as letras que formam o nome da escola. Leia para criança.

    Para os grupos maiores (4 e 5), podemos pensar os cômodos que compõem o espaço da escola e registrar por meio da escrita. Ex: pátio, sala de aula, cozinha, banheiro... Converse com a criança sobre os espaços existentes na escola.

TERÇA-FEIRA -   24 DE NOVEMBRO  

CAMPO DE EXPERIÊNCIA:

    "Com o corpo (por meio dos sentido, gestos, movimentos impulsivos ou intencionais, coordenados ou espontâneos), as crianças, desde cedo, exploram o mundo, o espaço e os objetos do seu entorno, estabelecendo relações, expressam-se, brincam e produzem conhecimentos sobre si, sobre o outro, sobre o universo social e cultural, tornando-se, progressivamente, conscientes dessa corporeidade." (FONTE)

    Na comunidade quilombola do Cangula, na época da infância dos filhos de Maria Gregória, contam que havia uma festa chamada "Queima da Lapinha". Como muitas festas populares, havia sempre alguns costumes, brincadeiras e músicas populares referente àquela ocasião e comunidade.

    Na educação Infantil a escassez de material didático para trabalhar educação étnico-racial ainda é grande embora a Lei 10.639 que estabelece a inclusão no currículo brasileiro do ensino de História da África e Cultura Afro-brasileira exista a pouco mais de uma década, mais ainda está distante de ser realidade.

    Como no dia 24 de novembro, a Unesco reconhece o Samba do Recôncavo Baiano como Patrimônio da Humanidade (2005), vamos falar de músicas e danças populares.

PROPOSTA PEDAGÓGICA 1: DANÇAS POPULARES


PARA APRECIAÇÃO --------->  Samba de Roda, Recôncavo baiano.
OLHA QUE ESPETÁCULO BONITO, VAMOS ASSISTIR --> Samba de Roda - Espetáculo Ayeye

Vamos colocar uma saia rodada ou roupa folgada e girar, ao som do samba. 
Ao ouvir e dançar, podemos acompanhar com palmas. Depois, tentar produzir sons batendo com os pés.

EXEMPLOS DE ATIVIDADES NESSE CAMPO DE EXPERIÊNCIA:
PROPOSTA PEDAGÓGICA 2:
(GRUPOS  3, 4 e 5)  

  A musicalização é um processo de construção do conhecimento tendo alguns objetivos como, despertar e desenvolver o gosto musical, favorecendo o desenvolvimento, tendo alguns objetivos como, despertar e desenvolver o gosto musical, favorecendo o desenvolvimento da sensibilidade, criatividade, senso rítmico, do prazer de ouvir música, da imaginação, memória, concentração, atenção, autodisciplina, senso rítmico, do prazer de ouvir música, do respeito ao próximo, da socialização e afetividade, também contribuindo para efetiva consciência corporal e de movimentação.
(PARA OUVIR O RITMO, CLICA AQUI ----> (BATE O MONJOLO)
"Bate o monjolo no pilão
Pega a mandioca pra fazer farinha
Onde foi parar meu tostão
Ele foi para a vizinha"

Como brincar: 
    O grupo (criança e família) faz uma roda, sentados, com as mãos sobrepostas: uma mão com a palma para baixo e outra mão com a palma para cima. Pega-se uma moeda e vai passando (como na brincadeira do passa anel). O movimento vai da minha mão para a mão da pessoa ao lado (como se fosse o movimento de um monjolo mesmo). E começa a cantoria.
Alguém ficará no meio da roda para descobrir com quem ficou a moeda.


QUARTA-FEIRA -   25 DE NOVEMBRO  

CAMPO DE EXPERIÊNCIA: ORALIDADE E ESCRITA

    "Na Educação Infantil, é importante promover experiências nas quais as crianças possam falar e ouvir, potencializando sua participação na cultura oral, pois é na escuta de histórias, na participação em conversas, nas descriminações, nas narrativas elaboradas individualmente ou em grupo e nas implicações com as múltiplas linguagens que a criança se constitui ativamente como sujeito singular e pertencente a um grupo social. (...) Na Educação Infantil, a imersão na cultura escrita deve partir do que as crianças conhecem e das curiosidades que deixam transparecer. As experiências com a literatura infantil, propostas pelo educador, mediador entre os textos e as crianças, contribuem para o desenvolvimento do gosto  pela leitura, do estímulo à imaginação e da ampliação do conhecimento de mundo" (FONTE)

    Falando de uma educação Afrocentrada precisamos pensar as experiências com a literatura infantil de modo a valorizar a cultura africana e diaspórica trazendo nossa história, cultura, valores e também o protagonismo negro. A criança se vê também nas histórias e, como pertencente, amplia sua imaginação.

PROPOSTA PEDAGÓGICA: "A leitura de mundo precede a leitura da palavra".


Vamos conhecer o livro AZIZI, O MENINO VIAJANTE escrito por Conceição Evaristo.

Em uma noite Azizi sonhou que fazia uma viagem em um navio bem grande. Ia para uma terra distante...

AZIZI é um nome de origem africana e significa "Precioso", no idioma Suarili (Quênia/Tanzânia - África Oriental).

* A criança faz as leituras não somente através das palavras escritas, lê também através de imagens. Vamos (para os grupos 1 e 2) estimular essa leitura!

Apresentamos 3 exemplos das ilustrações de Cleyton Almeida do livro Azizi, para apontar e ler.
- O que Azizi está fazendo na primeira imagem? Será que ele está feliz? 
- O que Azizi está fazendo na segunda imagem? O que é aquilo na mão dele, para que serve? Onde ele está?
- Ah! Na terceira imagem parece que estão cantando. 

Os diálogos vão surgindo conforme a criança vai possibilitando, ao apontar aquilo que chama sua atenção, e expandindo do livro para tudo que a cerca. Quem sabe encontrar um binóculo em casa, ou achar um barquinho, igual o do Azizi.
O adulto deve estimular essa "leitura de mundo".

"Os estudos sobre cultura visual mostram que as imagens presentes em nosso cotidiano são fundamentais na formação de uma cultura crítica nas crianças e nos jovens." (Leitura Sugerida) 
A leitura vai muito além do reconhecimento de letras e palavras. Como Paulo Freire coloca: "A leitura de mundo precede a leitura da palavra".

ENTÃO, VAMOS ESTIMULAR A LEITURA!

QUINTA-FEIRA -   26 DE NOVEMBRO  

CAMPO DE EXPERIÊNCIA:

    "As crianças vivem inseridas em espaços e tempos de diferentes dimensões, em um mundo constituído de fenômenos naturais e socioculturais. Desde muito pequenas, elas procuram se situar em diversos espaços (rua, bairro, cidade etc.) e tempo (dia e noite; hoje, ontem e amanhã etc.) Demonstram também curiosidade sobre o mundo físico (seu próprio corpo, os fenômenos atmosféricos, os animais, as plantas, as transformações da natureza, os diferentes tipos de materiais e as possibilidades de sua manifestação etc.) e o mundo sociocultural (as relações de parentesco e sociais entre as pessoas que conhece; como vivem e em que trabalham essas pessoas; quais suas tradições e seus costumes; a diversidade entre elas etc.). (FONTE)
Imagens do livro "Amoras" do Autor Emicida
    A relação com a agricultura sempre esteve presente na Comunidade do Cangula, em Alagoinhas. Trazendo desde lá essa vivência, Maria Gregória ao preparar os alimentos priorizava sempre o mais natural possível. Ela mesma ralava a mandioca, ou o coco, ou ela mesma preparava o aipim para a alimentação. 

    "A prática de cozinhar junto com as crianças traz diversas vantagens, como desenvolver um maior senso de responsabilidade, trabalho em equipe e noções de organização, ordenação e processos. Até conceitos matemáticos são aprendidos com a necessidade de fazer medições, estimular o tempo para assar etc. A autoestima dos pequenos também é uma das característica  trabalhadas durante a atividade, pois para a criança ver o resultado de algo que ela ajudou a fazer é algo muito gratificante"(FONTE)

PROPOSTA PEDAGÓGICA 1: APRENDENDO NA COZINHA

Exemplos: 
1 - Escolher feijão, brincar de contar os grãos, apertar e observar como estão durinhos e depois de passarem um tempo no processo de cozimento ficam molinhos molinhos
2 - O feijão, agora envolvido no algodão, ou quando vai pra terra, recebe luz e água e como tempo se transforma!
 
3 - Xiii, misturou dois tipos de feijão. Me ajuda a separar?
4 - Vasilha grande/vasilha pequena. Pouco feijão claro/muito feijão escuro.
(E assim, os conceitos vão sendo trabalhados, além da coordenação motora das mãos)

NA COZINHA HÁ MUITO SABERES, VAMOS EXPLORAR COM ELES!

PROPOSTA PEDAGÓGICA 2:
(GRUPOS 3, 4 e 5)

A relação com a agricultura sempre esteve presente na comunidade do Cangula, onde viveu Maria Gregória. Vamos pesquisar como nasce e o que precisam as plantas para crescer?

Converse com a criança que o ciclo de vida da maioria das plantas começa com uma semente que vai crescendo e se desenvolvendo, até tornar-se uma planta totalmente crescida, que gera frutos. Se tiver uma plantinha em casa, explique que ea deve prestar bastante atenção ao que ela precisa. Diga que as plantas necessitam de um solo bem adubado, água e luz solar na quantidade certa para crescer. 

Escreva letras grandes, sinalizando para a criança o que as plantas necessitam para sobreviver (TERRA, SOL, ÁGUA...)

Vamos plantar um pezinho de feijão?
Colocar os grãos de feijão dentro do copo, na parte do fundo. Regar apenas um pouco, pois a água não pode passar do nível do algodão. Umedeça o algodão antes de colocarem os feijões. Se for possível, coloque no sol e reque diariamente. Em cerca de dois ou três dias já será possível ver os grãos germinando.
Compartilha conosco a foto do seu pezinho de feijão!

Outra sugestão, uma mini horta caseira. Pode ser plantada no quintal ou mesmo em vasos de barro, garrafas de plástico e até embalagens descartáveis de leite. A horta pode ficar no chão ou na parede. Com apenas um pequeno espaço, sol, água e cuidados, muito alimento pode nascer e crescer!

SEXTA-FEIRA -   27 DE NOVEMBRO  

CAMPO DE EXPERIÊNCIA:


    "Por usa vez, na Educação Infantil, é preciso criar oportunidades para que as crianças entrem em contato com outros grupos sociais e culturais, outros modos de vida, diferentes atitudes, técnicas e rituais de cuidados pessoas e do grupo, costumes, celebrações e narrativas." (FONTE)


    Uma celebração que faz a família se reunir, amigos comparecerem e crianças se envolverem é ANIVERSÁRIO. Amanha, na data de 28 de novembro, é o aniversário de Maria Gregória dos Santos. Se tivéssemos na escola, certamente teríamos bolo confeitado e folia!

    Falando ainda da história de Maria Gregória, quando ela e Mel chegaram em Salvador na década de 50, moraram em palafitas, nos Alagados, que foi considerada a maior favela da América do Sul nas décadas 60/70. Alagados que esteve na canção de mesmo nome, dos "Paralamas do Sucesso; Todo dia o sol da manhã vem e lhes desafia. Traz do sonho pro mundo quem já não queria. Palafitas, trapiches, farrapos. Filhos da mesma agonia."

    Apesar das reais dificuldades, Maria Gregória conduziu em sua vida uma história de muita sabedoria. Cultivou e compartilhou os saberes das plantas, soube ouvir e acolher com palavras, transmitindo sabedoria de vida e fortalecendo. Manteve a dignidade, a gratidão e sobretudo a fé. Ia vive nas lembranças da sua família, amigos e em nossa instituição, sendo a inspiração da nossa CELEBRAÇÃO.

MARIA GREGÓRIA, PRESENTE!

PROPOSTA PEDAGÓGICA: CELEBRANDO A VIDA!

1 - Vamos começar com uma roda de conversa, falando do aniversário de Maria Gregória e, através de fotografias, apresentando para a criança diferentes aniversários de familiares (ou lembrança da própria festinha da criança, caso tenham registro).

2 - Quais as brincadeiras que costumam acontecer nas festinhas da família, entre as crianças? Pega-Pega é super comum. Toda festa de criança tem correria. Vamos brincar em casa de pegar?

3 - Vamos aproveitar essa celebração pra fazer um aniversário? Pode ser de um brinquedo. Pode ser com bolo de verdade ou com massinha de modelar. Podemos encontrar uma vela e experimentar soprar. (Eu sopro e faço um pedido: Desejo que essa pandemia acabe e que possamos logo estar juntinhos!).

4 -  Nas atividades xerocadas enviamos um bolo para que vocês confeitem bem caprichado. Pode ter colagem, pintura e desenhos. Compartilha conosco como ficou seu bolinho!

(GRUPOS 3, 4 e 5)
Vamos fazer o bolo?
    O momento do preparo de um alimento, por mais que pareça um momento de brincadeira, é também uma hora de muita concentração e aprendizagem. De forma lúdica, podemos trabalhar conceitos ligados à matemática; nos eixos de grandezas e medidas, e língua portuguesa; ao aproximarmos as crianças dos textos de receitas e instrucionais. Uma verdadeira investigação científica; ler receitas, calcular quantidades, fazer previsões e submeter os ingredientes às transformações que o calor do forno, a fervura, ou simplesmente a adição de temperos podem provocar.

Sugestões Pedagógicas:
  • Convide a criança a fazer um bolo, fale sobre a data do aniversário de Maria Gregória, sinalizando os números que compreendem à data "2 e 8 (28). Em uma folha de papel grande, escreva os ingredientes que serão utilizados, sinalizando as letras. A receita pode ser construída como auxílio da criança, colando imagens dos ingredientes ou  colando embalagens vazias, para facilitar o processo de leitura associando nome à imagem. Questione-a da seguinte forma (Você acha que está escrito ovo aqui? Vamos ler para gente ter certeza?)
  • Converse sobre as medidas, as quantidades associando números correspondentes para facilitar o processo de compreensão. Apresente a transformação dos ingredientes, os sabores, as texturas e deixe que façam testes e que explorem essas medições. Por exemplos, o que acontece quando acrescentamos fermento à massa? Deixe que a criança tome iniciativas e participe de todo o processo, auxiliando na organização e mistura dos ingredientes.
(CLIQUE NA IMAGEM PARA VISUALIZAR MELHOR)
FINALIZAMOS ASSIM MAIS UMA SEMANA. COM CELEBRAÇÃO!

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UMA ÓTIMA SEMANA PARA TODOS NÓS!
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